sábado, 14 de abril de 2012

O dia em que o futebol brasileiro aprendeu a pedalar


A tarde do dia 15 de Dezembro de 2002 ficará guardada para sempre na memória dos torcedores santistas. Mais do que isso, a grande final do Campeonato Brasileiro de 2002 marcou o futebol brasileiro.

A irreverência daquele time fantástico do Santos elevou o nosso futebol, que, naquele ano, se sagrou Penta Campeão Mundial.  

Mas, naquela final, um lance chamou mais atenção dos torcedores e da mídia esportiva. Foram as pedaladas de Robinho. Um lance mágico que pareceu hipnotizar o lateral Rogério, marcador do santista naquele jogo.

Recordo-me do momento em que estava assistindo a partida, e, principalmente, das pedaladas. Então pensei o seguinte: “Como um jogador magrelo pode fazer aquilo?”. As suas passadas de perna por cima da bola pareciam uma coisa fácil, totalmente comum e natural.

As limitações físicas não existem no futebol. A habilidade, o drible e o talento se sobressaem contra as fortes marcações.  

Naquele dia deixei de lado a paixão pelo meu clube de coração e reconheci o talento de Robinho e do jovem time do Santos.

Mas a repercussão do drible de Robinho foi o que mais me chamou a atenção. Muitos “boleiros” de fim de semana imitavam as pedaladas do craque santista. Mais do que isso, até mesmo Zinedine Zidane, um jogador consagrado, adotou o drible no seu repertorio.

Foi uma jogada que sempre existiu, mas, depois da final do Brasileirão, o futebol brasileiro redescobriu e aprendeu a essência do futebol arte, do drible e da molecagem dentro das quatro linhas.

Parabéns pelo centenário, Santos! Obrigado por sempre manter a verdadeira identidade do futebol brasileiro: a arte e a alegria dentro de campo.   

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