Liga dos Campeões: Chelsea suporta pressão do Barcelona e está na final da competição

Ramires comemora com Mata e Chelsea elimina o Barcelona no Camp Nou
Foto: AP

O Chelsea conseguiu uma verdadeira façanha. Suportou durante praticamente 90 minutos (e com um jogador a menos) o poderoso Barcelona e está classificado para a final da Liga dos Campeões, que será disputada dia 19 de maio em Munique, na Alemanha.

O placar de 2 a 2, somado ao resultado de 1 a 0 a favor do primeiro jogo, em Stamford Bridge, foi mais do que suficiente para os Blues seguirem em frente, e aumentar o jejum de vitórias dos catalães – já são três jogos, duas derrotas e um empate. A partida no Camp Nou começou como todos esperavam. A equipe espanhola partiu para cima do Chelsea. Messi teve a primeira oportunidade em chute que pegou na rede pelo lado de fora do gol de Petr Cech. O adversário não tinha muito que fazer, apenas rifava a bola, esperando que ela sobrasse para o isolado Drogba.

Mas era questão de tempo para o Barcelona abrir o placar E o gol veio com Busquets, depois de jogada de Daniel Alves e Cuenca, o volante meteu pra rede. Minutos depois o zagueiro Terry deu uma joelhada sem bola em Sanchez e foi expulso. O desequilíbrio emocional dos ingleses era tudo o que os espanhóis queriam. Com isso, o segundo gol era inevitável. E ele veio depois de passe de Messi e conclusão de Iniesta. Com o resultado de 2 a 0, o Barcelona estava classificado e parecia que o Chelsea não tinha chances de reverter o placar.

Porém, assim como no primeiro jogo, os Blues surpreenderam. E Ramires foi o homem do tão sonhado contra-ataque. Golaço do brasileiro, que recebeu passe de Lampard e tocou por cima de Valdés. A segunda etapa foi praticamente igual a primeira. Pressão total do Barcelona. E nos primeiros minutos veio a chance de ouro para os catalães. Pênalti de Drogba em Fábregas e bola na cal para Messi bater. Mas o argentino desperdiçou, batendo na trave.

A pressão não parou e o Barça ainda teve um gol anulado. Sanchez recebeu em impedimento passe de Daniel Alves. Infração bem marcada. O Chelsea resistiu heroicamente os vários ataques do adversário e acabou contando com um lance de sorte para matar a partida. Após uma troca de passes dos catalães, Bosingwa deu um chutão e a bola encontrou Fernando Torres frente a frente com Victor Valdés, o atacante espanhol driblou o goleiro e tocou para o fundo da rede para sacramentar a classificação do time inglês.

Jogo épico para os Blues, que agora aguardam o outro finalista da partida entre Real Madrid e Bayern de Munique, a ser disputada no Santiago Bernabeu.

Efemérides Futebolísticas: 22 de Abril

22/4/1922 - Oscar Alberto Américo Basso, o Basso, nasceu em Buenos Aires em 1922 e teve grande destaque no Botafogo do Rio de Janeiro ao formar uma das melhores defesas do alvinegro em todos os tempos.

22/4/1923 - Foi realizado o primeiro clássico entre Vasco e Botafogo, a partida foi realizada em General Severiano e válida pelo Campeonato Carioca, a vitória foi dos vascaínos, por 3 a 1, com gols de Mingote, Paschoal e Cecy para o Vasco e Nilo fez o único gol do Botafogo.

Foto: Denis Doyle/Getty

22/4/1982 - Nasceu em Brasília, Distrito Federal, Ricardo Izecson Santos Leite, o Kaká. O meio-campo Kaká foi escolhido pela FIFA o melhor do mundo em 2007, tendo iniciado sua carreira no São Paulo de onde saiu para o Milan-ITA e posteriormente para o Real Madrid-ESP. Participou das Copas do Mundo de 2002 (Coréia do Sul/Japão), 2006 (Alemanha) e 2010 (África do Sul). Em sua carreira conquistou os títulos de Campeão do Torneio Rio-São Paulo em 2001, do Supercampeonato Paulista em 2002 pelo São Paulo, Campeão Italiano e da Supercopa da Itália em 2004, da Supercopa da Europa em 2003 pelo Milan e pela seleção conquistou a Copa do Mundo em 2002 e a Copa das Confederações em 2005.

22/4/1991 - Fundação do Ji-Paraná Futebol Clube, equipe rondoniense da cidade de mesmo nome, que é uma das maiores vencedoras de títulos estaduais em Rondônia, principalmente ao conquistar 8 títulos em 11 anos de disputa, entre 1991 e 2001. Participou de forma frequente do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão e da Copa do Brasil.

Créditos: memoriafutebol.com.br

O dia em que o futebol brasileiro aprendeu a pedalar

A tarde do dia 15 de Dezembro de 2002 ficará guardada para sempre na memória dos torcedores santistas. Mais do que isso, a grande final do Campeonato Brasileiro de 2002 marcou o futebol brasileiro.

A irreverência daquele time fantástico do Santos elevou o nosso futebol, que, naquele ano, se sagrou Penta Campeão Mundial.  

Mas, naquela final, um lance chamou mais atenção dos torcedores e da mídia esportiva. Foram as pedaladas de Robinho. Um lance mágico que pareceu hipnotizar o lateral Rogério, marcador do santista naquele jogo.

Recordo-me do momento em que estava assistindo a partida, e, principalmente, das pedaladas. Então pensei o seguinte: “Como um jogador magrelo pode fazer aquilo?”. As suas passadas de perna por cima da bola pareciam uma coisa fácil, totalmente comum e natural.

As limitações físicas não existem no futebol. A habilidade, o drible e o talento se sobressaem contra as fortes marcações.  

Naquele dia deixei de lado a paixão pelo meu clube de coração e reconheci o talento de Robinho e do jovem time do Santos.

Mas a repercussão do drible de Robinho foi o que mais me chamou a atenção. Muitos “boleiros” de fim de semana imitavam as pedaladas do craque santista. Mais do que isso, até mesmo Zinedine Zidane, um jogador consagrado, adotou o drible no seu repertorio.

Foi uma jogada que sempre existiu, mas, depois da final do Brasileirão, o futebol brasileiro redescobriu e aprendeu a essência do futebol arte, do drible e da molecagem dentro das quatro linhas.

Parabéns pelo centenário, Santos! Obrigado por sempre manter a verdadeira identidade do futebol brasileiro: a arte e a alegria dentro de campo.   

Liga dos Campeões: Barcelona vence Milan e avança para as semifinais da competição

Em partida com lances duvidosos, equipe catalã conseguiu a classificação para a próxima fase.

Com dois gols de pênalti, Messi chegou a 14 na atual edição da Liga dos Campeões 

Foto: AP   

O tão aguardado duelo entre Barcelona e Milan, válido pela Liga dos Campeões, confirmou a superioridade da equipe catalã na competição continental. A partida no Camp Nou foi decidida mais uma vez por Lionel Messi, que anotou dois gols de pênalti no primeiro tempo - em lances discutíveis de arbitragem – e contou com a eficiência de Iniesta para marcar o terceiro gol, dos 3 a 1 sobre o time italiano, que chegou a empatar a partida na primeira etapa com Nocerino.   

Como era de se esperar, o Barcelona impôs seu já tradicional estilo de jogo. Toques e mais toques de bola e a paciência em esperar o momento certo de penetrar na área do adversário.

O Milan tentou apostar nos contra-ataques, mas não conseguiu criar muitas jogadas e contou com uma noite não muito inspirada de Ibrahimovic.

E o time italiano não conseguiu resistir a forte marcação da equipe catalã. O zagueiro Mexes perdeu a bola para Messi, que armou o contra-ataque. Na sequencia da jogada o próprio Messi sofreu pênalti de Antonini. O argentino bateu e abriu o placar.

O Barcelona continuou mandando no jogo, porém, o Milan soube aproveitar uma rara chance que teve no primeiro tempo. Depois de receber passe de Ibrahimovic, Nocerino tocou rasteiro na saída de Valdes e empatou a partida.

E quando o primeiro tempo parecia terminar empatado, os donos da casa chegaram ao segundo gol. Novamente de pênalti, em um lance, assim como foi o primeiro, polêmico. Em cobrança de escanteio, Nesta puxou Busquets e impediu o deslocamento do espanhol na área. Na marca da cal, Messi fez 2 a 1.

Na segunda etapa os visitantes tentaram pressionar a equipe do Barcelona, nos primeiros minutos, indo para  frente. Só que, depois de algumas tentativas do Milan no ataque, Messi carregou a bola e tentou o chute de fora da área, a bola desviou na zaga e sobrou para Iniesta tocar na saída de Abbiati e fazer o terceiro.    

Depois disso, os catalães conseguiram administrar o placar e ainda souberam armar alguns ataques com Thiago Alcântara, que entrara no lugar de Xavi, e com o brasileiro Adriano.

Com a vitória, o Barcelona está classificado para as semifinais da Liga dos Campeões e agora aguarda o adversário que sai do confronto entre Chelsea e Benfica.