sexta-feira, 3 de maio de 2013

Com origem no jornalismo esportivo, Roberto Cabrini ministra palestra na Aceesp

Jornalista relatou momentos da carreira e deu dicas e conselhos aos universitários e profissionais de comunicação 
Roberto Cabrini relembrou o começo da profissão em bate-papo na Aceesp. Foto: Ricardo Borges  

Considerado um dos mais premiados e respeitados repórteres investigativos do Brasil, Roberto Cabrini ministrou na última segunda-feira (29/04), uma palestra para estudantes e profissionais de comunicação na Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp). Cerca de 100 pessoas estiveram presentes no evento, e viram Cabrini dar uma verdadeira aula de jornalismo, com dicas, conselhos e frases que fizeram a plateia refletir sobre a árdua profissão de repórter.

O editor-chefe e apresentador do programa “Conexão Repórter”, do SBT, começou a palestra contando sobre suas origens na profissão. Aos 16 anos, iniciou no jornalismo esportivo, na rádio “Voz de Piracicaba”, cobrindo as notícias do clube de futebol XV de Piracicaba, considerado por ele, na época, “o time mais importante do mundo”. 

Foi na rádio que Cabrini decidiu qual seria sua profissão. “Quero ser jornalista. Essa foi a frase que veio na minha mente quando iniciei no primeiro dia na Voz de Piracicaba”, disse. 

Para ele, toda reportagem, em tese, tem que ser investigativa, até mesmo na editoria de esportes. “Uma história tem vários ângulos que podem ser explorados e o jornalista precisa ser inquieto e ter iniciativa para produzir algo que mude a vida das pessoas. A melhor reportagem tem que ser a próxima”, completou. 

O jornalista também relembrou suas coberturas esportivas. Ele explicou que antigamente havia maior liberdade ao profissional que noticiava os fatos dos clubes de futebol. “Os repórteres tinham um acesso mais fácil aos treinos e vestiários, era uma época de matérias esportivas mais aprofundadas. Hoje há uma manipulação da informação” afirmou. 

Ao longo da carreira, Cabrini foi responsável por produzir mais de 8 mil reportagens e 150 documentários, sempre explorando os caminhos do jornalismo investigativo e da grande reportagem. Foi correspondente internacional por oito anos e realizou coberturas jornalísticas em mais de 60 países. 

No esporte, cobriu cinco Olimpíadas, cinco Copas do Mundo e foi o primeiro jornalista que noticiou, da Itália, ao vivo pela TV Globo, a morte do piloto Ayrton Senna, em maio de 1994. De acordo com ele, o anúncio do falecimento do ídolo da Fórmula 1 foi um dos momentos mais marcantes da sua carreira.  

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