De todos os esportes praticados no Brasil o futebol é, sem dúvida, o mais apaixonante e o mais envolvente na vida do público, seja ele um assíduo telespectador, ouvinte ou leitor. Muitos fatores levam as pessoas a se apaixonar ou até mesmo odiar o futebol.
Os narradores esportivos e também os comentaristas, sejam eles de rádio, TV ou impresso, obtém certa influência na vida do torcedor. A partir das narrações e comentários, sejam eles bons ou ruins, o público conseguira ter a sua opinião formada.
No rádio, as expressões usadas pelos narradores criam um vínculo com ouvinte, devido a sua linguagem coloquial muito parecida com a dos torcedores. A imaginação do ouvinte é influenciada pela narração no rádio.
No momento da transmissão o torcedor determina, na sua imaginação, a partida que está sendo irradiada. O papel do narrador esportivo de rádio também consiste em ser a retina do torcedor, descrevendo com detalhes cada lance da partida.
Nicolau Tuma foi o pioneiro nesse tipo de narração aqui no Brasil, em 19 de julho de 1931, narrou pela primeira vez um jogo de futebol. Tuma narrava com tantos detalhes e tão rápido, que ganhou o apelido de “speaker metralhadora”. Até então, as transmissões dos jogos se limitavam a boletins esporádicos que informavam os lances principais.
No ano seguinte, o rádio brasileiro transmitiu pela primeira vez um campeonato mundial de futebol: a Copa do Mundo da França.
Alto falantes foram espalhados nas praças para que a população pudesse acompanhar a narração de Gagliano Neto, pela Rádio Clube do Brasil. A irradiação de Gagliano na Copa do Mundo de 1938, na França, foi um marco no país.
A partir daí surgiram grandes nomes, pessoas que se destacaram como grandes locutores esportivos, cada um com a sua maneira ímpar de contagiar a torcida, mexer com o imaginário e fazer um lance ser mais bonito do que realmente é. Despertando paixões e estilos inconfundíveis. E são eles que irão, no dia-a-dia, formar a opinião dos ouvintes apaixonados por futebol.
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