A tarde do dia 15 de Dezembro de 2002 ficará
guardada para sempre na memória dos torcedores santistas. Mais do que isso, a
grande final do Campeonato Brasileiro de 2002 marcou o futebol brasileiro.
A irreverência daquele time fantástico do
Santos elevou o nosso futebol, que, naquele ano, se sagrou Penta Campeão Mundial.
Mas, naquela final, um lance chamou mais
atenção dos torcedores e da mídia esportiva. Foram as pedaladas de Robinho. Um
lance mágico que pareceu hipnotizar o lateral Rogério, marcador do santista
naquele jogo.
Recordo-me do momento em que estava assistindo
a partida, e, principalmente, das pedaladas. Então pensei o seguinte: “Como um
jogador magrelo pode fazer aquilo?”. As suas passadas de perna por cima da bola
pareciam uma coisa fácil, totalmente comum e natural.
As limitações físicas não existem no futebol.
A habilidade, o drible e o talento se sobressaem contra as fortes marcações.
Naquele dia deixei de lado a paixão pelo meu clube
de coração e reconheci o talento de Robinho e do jovem time do Santos.
Mas a repercussão do drible de Robinho foi o
que mais me chamou a atenção. Muitos “boleiros” de fim de semana imitavam as
pedaladas do craque santista. Mais do que isso, até mesmo Zinedine Zidane, um
jogador consagrado, adotou o drible no seu repertorio.
Foi uma jogada que sempre existiu, mas,
depois da final do Brasileirão, o futebol brasileiro redescobriu e aprendeu a
essência do futebol arte, do drible e da molecagem dentro das quatro linhas.
Parabéns pelo centenário, Santos! Obrigado
por sempre manter a verdadeira identidade do futebol brasileiro: a arte e a
alegria dentro de campo.
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